BUENOS AIRES URGENTE: SEM-TETOS BRUTALMENTE MORTOS

14-12-2010 20:11

 BUENOS AIRES URGENTE: SEM-TETOS BRUTALMENTE MORTOS

 

Combater os bandos fascistas criminosos do povo pobre e oprimido, com a violência revolucionária

Na noite do dia 10 de dezembro Buenos Aires foi palco da matança de sem-tetos moradores do Parque Indoamericano, área cobiçada para a construção de lucrativos empreendimentos imobiliários. Em três dias foram mortos quatro moradores. A primeira ofensiva que assassinou dois, ambos imigrantes latinos, veio pelas mãos das Polícias Federal de Cristina Kirschner e Metropolitana de Mauricio Macri.

Em resposta aos protestos dos movimentos de direitos humanos, o governo da cidade de Buenos Aires resolveu incitar a classe média alta que mora na vizinhança do parque a expulsar os sem-teto. Verdadeiros bandos fascistóides coordenados por gangues macristas formaram-se para “desocuparem o parque, custasse o que custasse”. O sombrio efeito foi a morte de mais dois moradores pelas mãos da tropa-de-choque civil, com maiores requintes de crueldade.

Este reacionário cenário é parte de uma tendência mundial, assemelhando-se à onda xenófoba produzida na Europa e nos EUA, onde a propaganda governista pela caçada e expulsão de imigrantes latinos, negros, árabes e ciganos, arma ideologicamente uma classe média aliada a comerciantes e pessoas ligadas ao governo, a agirem em favor dos interesses da classe dominante, produzindo os mais nefastos fenômenos fascistas.

A operação iniciada através da ação conjunta das duas polícias protagonizada na no parque público de 230 hectares, segundo maior de Buenos Aires, que covardemente assassinou uma jovem boliviana e um jovem paraguaio, foi assustadora. Segundo os relatos dos sobreviventes, os policiais montaram quatro fileiras e dispararam sistematicamente contra os moradores do parque desarmados. Segundo as fontes médicas atuantes no local, já supera uma dezena o número de feridos.

O mais alarmante é que as burguesias e seus representantes estatais não necessitem mais recorrer unicamente ao órgão repressor oficial, tropa-de-choque dos interesses capitalistas, mas aos bandos paraestatais, não sujando diretamente suas mãos e criando uma atmosfera de aterrorização da população pobre, imigrante e sem moradia. Segundo um jornal paraguaio, assinalou um dos agressores que “Não queremos uma ‘vila miséria’ no parque”, após terem decidido em assembleia que “desocupariam por seus próprios meios o passeio já que a polícia não o fazia” (Diario ABC Digital, 10/12/2010). Foi esta deliberação que provocou o incêndio das dezenas de cabanas instaladas no espaço. No quarto assassinato produzido neste dia 10, o bando arrancou um ferido da ambulância, alvejando-o a tiros brutalmente diante dos médicos que foram expulsos do local. As ambulâncias estão impedidas de aproximarem, espantadas pelos disparos advindos dos manifestantes nas principais avenidas da região do parque que estão agindo livremente na Vila Soldati.

O ambiente montado enseja ainda mais assassinatos no Parque Indoamericano, na Vila Soldati, capital argentina, bem como o aprofundamento da perseguição ao povo pobre e imigrante em todo país, com anuência do demagogo governo Kirschner.

Caberia às organizações da esquerda que se reclamam revolucionárias e aos movimentos proletários a tarefa de organizarem comitês de autodefesa operários e populares para repelir violentamente (contra fascistas não usamos o método do “diálogo”) o incremento da agressão aos moradores de rua, protagonizada de maneira selvagem pela polícia assassina e pelas hordas fascistas sem fardas, sobretudo à população super-explorada originária dos países irmãos latino-americanos.

FONTE:www.lbiqi.org