Greves em São Paulo

22-01-2013 00:00

 

Motoristas em greve param 52 linhas de ônibus em São Paulo

22/01/2013 - 10h26

Camila Maciel
Repórter da Agência Brasil


São Paulo - Cinquenta e duas linhas de ônibus deixaram de circular hoje (22) na capital paulista por conta da greve de motoristas e cobradores da Viação Transpass. Mais de 360 ônibus estão retidos nas duas garagens da empresa, dificultando o deslocamento de passageiros, principalmente da zona oeste e central. Diariamente, 330 mil pessoas são transportadas por essas linhas, de acordo com o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano (Sindmotoristas).

O Plano de Atendimento entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) foi acionado, segundo a São Paulo Transporte S.A. (SPTrans), às 3h30. O Paese está atendendo nas 35 linhas de maior demanda com uma frota de 225 ônibus, informou o órgão municipal.

Os bairros atendidos pela Viação Transpass são: Jardim Educandário, Jardim Maria Luiza, Cohab Educandário, Cohab Raposo Tavares, Vila Sônia, Butantã, Lapa, Barra Funda e Centro.

O Sindmotoristas negocia desde a madrugada com representantes da empresa, mas não houve acordo na primeira rodada de negociações. "Começamos a segunda rodada por volta das 7h30. Estamos aguardando uma posição da Transpass, mas ainda não há previsão para retorno das atividades", informou o diretor do sindicato, José Valdevan Santos.

Os cerca de 2,8 mil motoristas e cobradores reivindicam o cumprimento do acordo coletivo firmado com os empregadores. Entre os pontos que estão sendo negociados, está o fim do banco de horas, pagamento de feriado com 100% do valor do dia normal, retorno do contracheque com detalhamento das informações, programação de férias com pelo menos trinta dias de antecedência e presença do cobrador no momento de conferência dos valores apurados da viagem.
 

 

 

 

Metalúrgicos da GM entram em greve e param a Via Dutra em São José dos Campos

Manifestação interrompeu tráfego durante uma hora; 1,5 mil funcionários podem ser demitidos de linha de montagem

22 de janeiro de 2013 | 7h 53

 

SÃO PAULO - Metalúrgicos da General Motors, em São José dos Campos (SP), entraram nesta terça-feira em greve de 24 horas em protesto contra a possível demissão de 1,5 mil funcionários de uma das linhas de montagem na unidade da cidade do interior paulista. O protesto fechou ainda, entre 6h30 e 7h30, a via Dutra, entre São Paulo e Rio de Janeiro, na altura do quilômetro 142. O trânsito na região já foi normalizado.

Não estão previstas mais ações de protesto até a reunião de conciliação, amanhã (23), disse à Agência Estado o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá. "A paralisação deve permanecer até amanhã, quando haverá, às 9 horas, uma reunião de conciliação entre os trabalhadores, representantes da GM e dos ministérios do Trabalho e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior", disse Macapá. De acordo com o sindicato, o Macapá, aproximadamente 5 mil funcionários do primeiro turno da unidade estão parados.

Segundo ele, os trabalhadores querem que a GM seja proibida pelo governo de demitir os metalúrgicos na linha de montagem do Classic, que já produziu os modelos fora de linha Corsa, Zafira e Meriva. "A companhia tem benefícios do governo com a redução do IPI e mantém a política de demissão", criticou o presidente do sindicato.

 

Desde agosto, 800 trabalhadores da montadora estão em sistema de lay-off, ou seja, com o contrato de trabalho suspenso na unidade. Em dezembro, a GM estendeu o lay off até sábado próximo (26) e decidiu manter a produção do veículo Classic. O temor do sindicato é que esses funcionários e outros 700, que ainda estão trabalhando, sejam demitidos. A montadora realizou ainda Plano de Demissão Voluntária (PDV) e 300 aceitaram a proposta.

 

Várias reuniões entre os sindicalistas e a GM terminaram sem acordo. A montadora avalia que as negociações continuam e que os sindicalistas não apresentaram propostas concretas para que a empresa mantenha a competitividade da planta, entre elas a possível jornada de trabalho flexível.Além da reunião, na quarta-feira (23) será realizado o chamado "Dia de Ação Global Contra os Ataques da GM", mobilização em cinco países além do Brasil: Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Colômbia e Argentina.