Primeiro de Maio - Dia do trabalhador: Não é dia de festa, é dia de luta!

05-05-2013 00:00

 Primeiro de Maio - Dia do trabalhador: Não é dia de festa, é dia de luta!

 

 

O objetivo deste panfleto é manter viva a memória de luta advinda do trabalhador, não deixar que o 1º de Maio caia no esquecimento e seja descaracterizado. Temos que aproveitar os ensinamentos das lutas passadas de forma que sejam usados como subsídios às lutas de hoje.
 
Nos Estados Unidos, assim como em quase todo o mundo, a jornada de trabalho era de 12, 14, podendo chegar até a 16 horas diárias no século XIX, sendo os trabalhadores terrivelmente explorados. Eis que 1886, com início na cidade de Chicago, o movimento operário respondeu com uma grande greve que se espalhou para todo o país. Esta greve geral pela redução da jornada de trabalho para oito horas diárias começou em 1º de Maio de 1886, paralisando as principais indústrias, já no dia 03 de maio, com vigorosos protestos populares os quais a polícia (que estava a mando da classe patronal) tratou de tentar dispersar com a violência, resultando em dezenas de feridos e nas mortes de importantes dirigentes do movimento operário dos Estados Unidos, conhecidos como “Mártires de Chicago”. Estes acontecimentos ficaram conhecidos como Revolta de Haymarket, e chamaram a atenção da solidariedade mundial.
 
Muito se fez para desorganizar a classe trabalhadora, transformando um dia de luta, de reivindicação trabalhista, de manifestação da classe operaria em dia de festa sindical, apoiado por políticos e Estado capitalista. Tirando cada vez mais o poder de organização, de luta, greves, reivindicações e o poder de transformações sociais por parte de toda a classe trabalhadora, ou seja, o proletariado. O primeiro de maio tomou proporção mundial depois das greves de 1886 no dia primeiro de maio deste ano, realizadas em Chicago, tinha a finalidade de reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias, e também eram contra as péssimas condições de trabalho do sistema capitalista.
A conjuntura atual não é diferente daquela época, apenas ganharam características modernas, mas a situação persiste. É notável para a classe trabalhadora o encarecimento dos produtos, e serviços.

 

 
A inflação, ou seja, a carestia de vida é uma realidade no sistema capitalista, que em momentos de contradição não conseguem esconder seu caráter de exploração. Cada dia os produtos nos chegam mais caros e nosso salário, mais baixos, e quem está lucrando com isso é o capital, os empresários e o Estado, exceto os trabalhadores, que são os reais criadores de toda essa riqueza. E os trabalhadores são explorados e recebem míseros salários, e enfrentam péssimas condições de trabalho. Somos contrários a carestia de vida e a pauperização da qualidade de vida da classe trabalhadora. Por isso percebemos a omissão estatal e quanto ela está envolvida com as classes abastadas, ricas, as elites, em prol da exploração, da enganação, e da usurpação de toda a classe trabalhadora, de todo o proletariado. Solidariedade a todas as greves de todas as categorias de trabalhos, das quais estão rompendo com qualquer tipo de organização oportunista, ou seja, sindicatos que defendem os patrões, aqueles que aceitam as propostas que não atendem a todas as necessidades da categoria. Todavia a luta deve ser endossada, as greves, com o intuito de avançar autonomamente, independente de governo, do sindicato, ou qualquer tipo de corporação que simule representar os trabalhadores sem atender todos os anseios da classe. Apenas lutando poderemos vencer as batalhas econômicas contra os patrões e o sistema capitalista, e também sigam no caminho de uma real transformação social.
Apenas a própria classe trabalhadora poderá acabar com o sistema capitalista, com a exploração do homem pelo homem, o jugo de escravidão, ou seja, porque “a libertação dos trabalhadores tem que ser obra dos próprios trabalhadores”. Apenas a classe trabalhadora, o proletariado será capaz de realizar as transformações necessárias para lograr a vitória, sobre o interesse de sua classe, assumindo um posicionamento revolucionário. Tomando iniciativa no sentido da organização autônoma dos trabalhadores em seus bairros, e locais de trabalho, formando organização que possam lutar realmente pelos seus direitos e combater qualquer imposição ou arbitrariedade por parte da burguesia, no intuito de propagar essa forma de organização e demonstrar a inoperância e a exploração da organização capitalista. Criando um novo modelo de trabalho, que não seja baseado no sistema de exploração da força de trabalho e em sua usurpação, e sim no sentido de celebrar o bem estar social, de cada um produzindo conforme sua “capacidade e necessidade”, e que realmente seja contemplado por sua produção, seu trabalho, e que seja possível a socialização de todos os meios de produção.
 
Devemos retomar o primeiro de maio, dia do trabalhador como dia de luta, e palavra de ordem também deve ser revolucionária no sentido de podermos seguir no caminho de uma sociedade sem classes sociais, dos quais poderemos criar e viver baseado no bem estar social retomando a luta histórica do proletariado.